Hoje eu lembrei do seu choro copioso em meu colo.
Ouvi seu soluço entre as palavras que escorriam pelas lágrimas.
Surpreendentemente brotou uma água em meus dedos. Era a lembrança de minhas mãos tentando conter seu pranto.
Depois do pranto, trocávamos de bem e fazíamos amor. Tenso, quente, intenso e suave.
Os olhos com luzes que mais pareciam feixes tirados dos raios do Sol.
Os abraços me passavam a sensação de entrar no mar gostoso num dia quente de verão.
Os beijos, o sabor de um doce de comer e misturar os sentidos.
Saí desse transe e olhei para dentro da minha alma com os olhos do coração.
Comecei a me perguntar o porquê desse passeio pela memória mais doce da vida.
Pensei na distância, entendi a saudade.
Tentei lembrar em quais dias você visitou meu pensamento. Achei mais fácil o inverso e não lembro de um dia sequer em que você não tenha sido parte do melhor da rotina.
Combinei com Deus que você despovoaria meu coração. Ele disse ser simples: basta que eu Lhe dê em sacrifício uma estrela maior que o Universo e lilás.
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