quinta-feira, 29 de março de 2012

Carolinda

Eu sempre tive implicância com o nome Carolina. É tanta música para elas e eu me perguntava, por que? Só que minha implicância passou e cada vez mais eu acho que deveria ter mais música, pois para minha Carolinda, uma é pouco. Acho que deveriam escrever um soneto, mas só seria válido escrito pelo poetinha e como ele já não está mais entre nós, ninguém mais conseguiria fazê-lo. 
Carolina é aquela que mesmo sem eu conhecer, já gostava. Eu gostei só do que ouvi falar. Depois nos falamos pelo telefone, internet. Então, quando a vi, senti que ela traz consigo uma centelha divina. Seu abraço é de conforto e sua voz parece de uma mãe ninando. É tanta coisa que sentimos quando a temos por perto, mas não sabemos explicar, faltam as palavras. Mamãe, assim que ela foi embora, virou e disse: "Gostei tanto da Carol!" E quase não se falaram. Carol é assim, ela nos ganha mesmo no silêncio. É a presença da luz de sua alma. É ter perto e sentir o amor, o carinho... 
Carol invade nossas vidas, mas como se já fizesse parte dela. É como se aquele lugar já fosse seu. A gente até pensa que ela já sabe de todas as histórias passadas, porque ela tem essa familiaridade. 
Ela chega em nossas vidas e ao falar com Deus, ao invés de pedir que Ele a proteja, eu peço o seguinte: "Deus, permita que eu continue merecedora desse amor. Guia-me pelo caminho da luz e faça com que eu a tenha sempre por perto." Pois a Carol não precisa de mais nada. Ela é celestial. 
Já disseram certa vez e é verdade: "Todo sentimento necessita de um passado para existir, o amor não. Ele chega como que por encanto." 
Acho que fizeram isso para Carolinda!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Evolução

Conversando com Vanessinha, contando os problemas que estão na roda agora, ela disse: "É tudo ao mesmo tempo, né, Prima?" E mais à frente na conversa, completou: "O que seria de nós se não fosse o espiritismo?" Tive de dizer: "Cortaríamos os pulsos!" Porque se não acreditássemos que tudo é merecimento e que tudo é retorno de vidas passadas, acho que em meio a esses turbilhões, desistiríamos. Só que vamos em frente, com resignação e força, pois Deus sabe de todas as nossas necessidades. Sim, necessidades e não vontades. Das vontades podemos tê-las, porém sem que sejam necessárias, pois somos egoístas. Viemos aqui para evoluir e a cada passo fazemos um caminho e esperamos que esse caminho seja o da evolução. 

Reclamamos, pois se ainda estamos aqui para evoluir, muito ainda temos que andar para entender e aceitar de bom grado, sem reclamar. Então a gente só aceita, mas com uns queixumes de quando em vez. Não que pensamos que não merecemos, mas fica a dúvida: "O que eu fiz para passar por essas dificuldades todas, pois se tudo é retorno, me ponho a pensar." 
Bom mesmo é trocar problemas, sem sadismo, só que saber que outras pessoas têm problemas também. É o não se sentir sozinha. É saber que Deus dá a mesma resposta a todos nós, que Ele é justo! 
Sendo assim, encerremos por aqui, chega de reclamações, afinal é tudo merecido! Logo, Deus, obrigada pela chance de sentir aquilo que eu já causei, pois a dor no outro é só sabida, em nós, sentida! 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Na reta final que será o começo

Hoje fui à obstetra. Quando olhei o cartãozinho, surpreendentemente, estava marcada para daqui a 15 dias e não um mês. Perguntei a ela o porquê e ela disse: "É que agora no finalzinho é assim mesmo..." Finalzinho... Daqui a pouco meu Ignácio está aqui, fora de mim, sugando meu peito e chorando para tudo, pois ainda não vai saber falar o que quer. Só agora que mesmo que ele nasça antes, já pode correr tudo bem, ele já está formadinho e tudo o mais é que meu coração tem sossego. E é improvável que nasça antes, pois depois de todos os percalços, agora a saúde está bem e aqueles problemas todos foram sanados. 
Em princípio, nessa gravidez, eu me queixei bastante, chorei muito e sofri demais. Eram problemas profissionais, pessoais, financeiros, parecia que tudo estava contra, que tudo daria errado. Quando um problema era resolvido, aparecia outro, e outro, e outro... 
Fiquei questionando a Deus qual era o propósito dessa dificuldade toda. Só que o tempo dEle é grandioso e hoje eu entendo que meu filho, além daquele amor maternal que já é comum a toda aquela que aceita o sentimento de mãe, eu tenho com ele algo além. É uma proteção, uma vitória... Meu filho é minha maior conquista. Ele me faz entender que a todo o resto que eu dava tanta importância, ficou pequeno, sem importância. Gerar um filho nessa dificuldade danada, me fez deixar de ter aquela vaidade de grávida, aquela coisa de me achar linda e especial, pois a todo momento minha gestação estava por um fio.
Eu me senti muito frágil e vi que gravidez não é essa coisa linda que ouço dizer por aí, é muito mais. É uma coisinha que se mexe dentro da gente, feito um passarinho assustado, tão pequeno e tão imenso. Eu vivi em função dele. Sem fazer o que eu gosto ou queria, me alimentando por ele, cuidado com a roupa, com a alimentação, exames que muitas vezes quando o médico passava, eu deixava de fazer, agora é tudo à risca. 
Além desses cuidados todos, uma coisa que eu percebi, é que a maternidade me aproximou muito da minha mãe. Como tivemos filhos na mesma situação, é entender muitas das coisas que ela falava e eu achava chato, desnecessário e ver o cuidado que ela teve comigo e tem com ele, pois quando nos vemos mãe, alguém comprar um alfinete que seja ou ligar e perguntar do seu filho é infinitamente maior do que qualquer ligação da vida para saber de nós. É que o amor pelo filho anula o amor-próprio, pois o próprio amor cresce no ventre e primeiro ele, depois eu. 
Ainda tenho muitas preocupações, mas todas elas em deixar a vida do meu Ignácio melhor, gostosa e cheia de amor. Já que Deus me concedeu a dádiva de ser mãe e sentir esse amor, creio que ele dará a força necessária para que eu exerça meu papel da melhor maneira possível.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Tanto mulherão não cabe num só dia!!!

Dia desses ouvi alguém dizer que fulana era um mulherão. Logo em seguida, a fulana sentou ao meu lado e eu não vi isso. Eu vi uma mulher fisicamente bonita, mas quando abriu a boca mais parecia um vaso vazio. Um vaso lindo, mas eu penso que por mais lindo que um vaso seja, sua beleza se inutiliza se ele se mantem vazio. 

Minha mãe é um mulherão... Não! Ela não sai em capas de revistas dando receitas de como ser linda e sem celulite aos 50 e poucos anos. 

Só que sem sombra de dúvidas ela é muito mais que as chamadas divas que vivem sob holofotes! Ela é uma Deusa! Ela trabalha muito, criou duas filhas sozinha, encarou o mundo, é mãe, profissional, faxineira, cozinheira, avó, estudante, pedreira, decoradora, médica , enfermeira, resumindo, ela tem super poderes!!! Muito mais poderes do que uma mulher apenas bonita fisicamente. Então, ela é que é um mulherão.
Certa vez fui a uma jogada de búzios e a moça disse: "Você é uma guerreira!" Nem todas as cantadas que recebemos na rua, todos os elogios ligados aos atributos físicos me alegraram tanto quanto esse. Pensei que algo do lindo que vejo em minha mãe cresce em mim. E agora que estou a trazer ao mundo meu filho, mais do que nunca, me sinto um mulherão. Não só pelo simples fato de gerar uma vida, pois muitas mulheres fazem isso e ainda assim não são mães. Hoje eu não vivo com cuidados pelo meu filho, eu vivo em função dele. Gravidez complicadíssima em todos os aspectos: físico, moral, psicológico... Mas minha sábia vozinha disse-me certa vez que Deus não nos dá uma cruz maior que nossa força e tudo nos engrandece. Vivo em função do meu filho e me privo todos os dias de um monte de coisas que eu fazia como respirar, naturalmente, pelo bem estar dele. Pela minha crença, essa coisa de não pedi para nascer não existe, a gente pede sim, mas ainda assim, ele é minha prioridade, meu foco. Porque mesmo acreditando que ele pediu para vir, antes mesmo de eu nascer, lá em cima a gente já aceita essas coisas todas em prol do nosso crescimento espiritual e a melhor coisa é não reclamar e sim agradecer pela oportunidade.
Então, assim como a minha mãe, muitas mulheres que conheço são mulherões!!! E o dia de hoje cabe mais a elas que são vasos com flores de todas as cores, mesmo com rachaduras, às vezes com poeira, mas sem deixar nenhuma flor murchar! A todas nós: Feliz dia das super mulheres!!!