segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Lei do retorno

Uma amiga minha, assim por mensagem, acho que para não expôr a situação, me aconselhou a não ficar maldizendo o pai do meu filhote. Acontece que eu não o maldigo! Eu apenas digo o que ele fez e continua fazendo. Eu contei sobre nosso filho, ele falou em aborto e até hoje não ligou ou mandou mensagem, sinal de fumaça... Acho que de alguma forma essa amiga tomou para si a vergonha que é essa situação. Vergonha para mim??? Não, não! Dia desses me deram os parabéns, pois muitas em meu lugar tirariam a vida desse filho. Para mim é uma vitória. Passei e passo por muitas devido a essa gravidez de alto risco: rodei de hospital em hospital, fui jogada daqui pra ali, sem o amparo daquele que deveria ser meu apoio. E não que eu pensei que o dito cujo devesse casar comigo e constituir família. Não! Até porque eu sempre soube que desse mato não sairia coelho e eu nunca fui mulher de sonhar com a brincadeira da casinha. Sempre tive uma visão mais prática, até meio masculina, mas eu falo em como pode um camarada que já tem uma filha e diz ter tanto amor por ela, mandar matar um outro filho. Porque não, assim como corre certa fábula na internet, matar aquela que já vive e tem seus 4 ou 5 anos. É menos um risco, seria mais fácil. Deus livre! Eu só fico impressionada com tamanha covardia! Tirar a vida de alguém que nem pode se defender. Eu não tomo nem remédio para dor de cabeça para que não afete o bebê e ele querendo que eu enfiasse algo que triturasse meu pequeno. Graças ao Pai, esse ser cresce em mim, pois já imaginou se fosse nele e ele sumisse e me reaparecesse sem meu filho no ventre??? Acho que me faria endoidecer. Ainda bem que ele cresce em quem o quer e o ama, pois apesar de nós mulheres já nascermos com aquele instinto maternal, ele parece se multiplicar ao infinito quando o barrigão começa a crescer. Apesar dos milhões de desconfortos da gravidez, que nem caberia aqui contar, a vida fica num tom adocicado e parece que o amor emana de nós. 
Então, no fim de tudo, eu tenho é pena daquele sujeito, pois eu confio na lei do retorno e num caso como esse ela é tão cruel. Não que Deus castigue, isso não existe, mas Ele faz tudo o que jogamos voltar para nós. E para quem quer tirar uma vida, nossa, penso eu, vai sofrer numa sobrevida triste, infeliz.

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