domingo, 8 de maio de 2011

Eu, coruja.

Eu sou tímida demais! Meus amigos nunca acreditam quando eu lhes conto isso. Dia desses um amigo me ligou após a uma da tarde e eu ainda estava dormindo o sono da madrugada anterior. Eu com a voz 'grog' ouvi a pergunta: "Estava dormindo?" Eu respondi correndo: "Não..." Forçando a voz demais. Vergonha de estar dormindo até aquela hora... Eu sempre fui forçada  a ter uma vida diurna e dormir tarde para mim significava  ir para a cama às onze da noite. Comecei a me pegar indo para a cama no meio, ou até mesmo no fim, da madrugada e sem grandes sonos. 
Por que essa vergonha tamanha? Eu nasci noturna! Marcava meia-noite e  meia quando fui dada à luz. Será que foi um prelúdio dos hábitos futuros ou eu fico inventando tudo aqui junto da minha imaginação fértil? 
Voltando à timidez, eu tenho em mim umas peculiaridades um tanto quanto estranhas. Quando eu chamo um elevador e abrem-se as portas e já tem gente, eu sinto minha cara quente de vergonha e falto paralisar inteira. Não me lembro de ter dançado na frente de um namorado sequer com medo de fazer algum movimento engraçado e ele rir de mim. 
Quanta bobagem! Bobagens minhas, bobagens verdadeiras... Aos poucos vou vencendo essas coisas, pois a vida dá preocupações maiores para eu pôr no lugar de umas e deixa alguma segurança tomar lugar de outras.
Olhei o relógio agora. Faltam 8 minutos para as 4h. Essa vida de coruja... Hora de dormir. Já fui passarinho, dormia cedinho, estou coruja, durmo quase de manhã, e agora vou mimir antes que sofra outra mutação e, pelo avançado da hora, só me resta virar abóbora.

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