terça-feira, 10 de maio de 2011

Cafuné

Seu toque deixa minha pele ouriçada e afaga meu espírito.
Quando sua mão desliza em minhas costas, faz caber uma maravilha em um segundo.
Questiono-me sobre meu lugar em seu abraço.
Eu já disse que amo você, mas às vezes penso que não, pois eu usei amor noutras passagens e eram coisas tão menores.
Enquanto ouvíamos uma música, tomei posse de um trecho e lhe disse que caso eu não morra, quererei-lhe de novo. Seu amor transcendeu  meu apossamento e para retirar meu ar  você adaptou o verso e disse: "Mesmo que eu morra, te quero de novo."
Estamos despidos. Deitados, nos aninhamos com os rostos fazendo chamego, beijando.
Nossas pernas se fazem num laço apertado. Minha coxa adentra a sua querendo misturar-se à nascente.
Percebi que você está com muito sono. Digo para você ir dormir, porém você estreitou o abraço e disse que só dormiria depois que pudesse contemplar meus sonhos anjelicais.
Lembro-me  de ir perdendo os sentidos graças ao seu cafuné.
Despertei no meio da noite e lhe vi dormir. Que bom que não foi uma alucinação. É real, você está aqui. Jamais quero achar que você me pertence, prefiro pensar que é parte de mim, do melhor de mim.
Você é toda minha ternura.
Com o ruído da chuva que bate na casa, voltei a ficar sonolenta, no entanto nem sei se preciso dormir, pois a vida com você é o sonho mais gostoso que posso ter.

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