Uma das coisas mais belas aos meus olhos é pé de criança. Eu dei banho na minha sobrinha menor e a pus sobre a tábua do banheiro, seus pezinhos deixaram marcas dágua. Passei a mão com carinho e quase ouvi sua risada deliciosa. Depois do banho, ficamos cantando 'Parabéns a você!' para todos que conhecemos. Mania de criança! Só não sei se da criança-tia ou da criança-sobrinha, sei que cantávamos alto, batíamos palmas e ríamos com a energia que a infância emana.
Veio à tona, em meio às risadas, momentos com minha outra sobrinha quando ela era também pequenininha. Toda vez que eu lhe banhava, secava seus pezinhos e contava, incessantemente, seus dedos. Eram dedinhos tão juntinhos e gordinhos que eu achava que ela tinha seis deles em cada pé. E mordia. É tão gostosinho... Ruim é que crescem. Não que eu não goste de crianças maiores, mas nada substitui uma mordinha no pé de bebês por volta dos seus 2, 3 anos. Minha irmã não quer mais ter filhos, sinal de que depois que Mimi crescer, não serei tia de um bebê de novo. Ai que dó! Vai me restar esperar os anos, o tempo que ainda falta para que cheguem os meus bebês. Eu fico com medo de não ter moral como mãe e ser mais uma figura de irmã mais velha. Ao mesmo tempo penso que não, pois a cumplicidade com os pequenos sempre foi favorável. Nem foi mãe ainda e já está com medo de errar na criação. Louca de pedra! Mania de tentar moldar o futuro na imaginação. Nessa época de dia das mães, resta entender que o motivo da mãe ser enaltecida é o incrível poder de preparar dentro de si essas pessoinhas tão deliciosas e conseguirem, num ato heróico, dividi-las com o resto do mundo.
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