Hoje eu tô dodói e senti falta de um beijo de um certo amor, depois fiquei me perguntando se é saudade daquele amor ou de qualquer carinho. Creio que a primeira resposta se encaixe mais, pois eu já tive carinhos outros, mas só senti saudades daquele. Quando me dá vontade de chorar eu venho para casa da minha mãe. Só sua força de presença me faz sair qualquer nó da garganta, mas ela saiu e eu fiquei, por conta do dodói e entre uma música e outra, um e-mail antigo e as emoções que eu juro que passaram, porém só adormecem, eu soltei as lágrimas que eram tantas que molharam até o colo. Reli o que escrevi até aqui e a palavra escrita peca por ser seca e não conseguir transmitir exatamente a emoção em que nela depositamos. Meu choro não foi de tristeza, foi um alívio. Alívio de saber que acontecimentos vêm como uma avalanche e eu continuo de pé. Rogo a Deus por uma vida em paz, depois eu me arrependo, pois só Ele sabe o porquê de tudo isso. Essa semana que se passou eu senti saudades de um monte de gente e escrevi para algumas delas. Depois fiquei pensando se não seria tirada por louca por ficar me declarando a amigos que há muito não convivo mais. Quem liga? Amor é para ser solto. Ele tem de passear pelos corações e se não conseguir atingir o coração, que pelo menos tente por qualquer porta, olhos, ouvidos, pele, boca. Fiquei decepcionada com a vida pelos desgostos que ela me trouxe, porém ela me calou dizendo: "Eu sou apenas um reflexo das suas tolas atitudes.". Eu sempre fui falada pela minha intensidade, mas às vezes até o intenso cansa. Eu só quero por hora ficar aqui quietinha, tomar meu café-com-leite e esperar esse bloco da vida passar e me dar uma trégua. Senti uma dor física tão aguda que a única coisa que pude fazer foi clamar aos céus por piedade. Tomei um remédio e amenizou aos poucos, ficou suportável. Cadê o beijinho de amor? Ah, lembrei! Não tem mais, acabou. Feito mercadoria em armazém. "Moço, tem isso?" "Não. Nem sei se vai chegar mais. Acho que não vão mais produzir." Daí a gente volta para casa na vontade ou na necessidade, de todo jeito a gente volta. Olhei o relógio e me dei conta de que o tempo passou e eu nem vi. Agora vou lavar louça, percebi que não almocei e passei o dia nos lanchinhos, vou comer. Esse dodói está me fazendo perder o veio, quem diria. Como boa e velha positivista, nesses dias que beiram o ruim, eu adoro saber que sou amada por amigos e família, aí eu voltei lá na conversa com Deus e agradeci.
Eu escrevo desde meus 14 anos. Comecei a escrever por não ter conseguido falar, numa discussão, tudo o que eu queria. Hoje eu escrevo por muitos motivos, mas o principal é que quando fica tudo muito rápido em minha cabeça, eu paro e escrevo. Saem uns borrões quase que indecifráveis, mas alivia muito meus pensamentos que são a mil por hora. Espero que todos que lerem o que for aqui encontrem algo que lhes faça bem. Se for pedir demais, que ao menos saia com um sorriso a mais do que quando entrou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário