Hoje eu me dei conta que há tempos eu não faço uma refeição inteira. Eu estava esquentando o almoço, minha mãe chegou e se ofereceu para dar banho no meu príncipe enquanto eu comia. Enquanto ela o vestia, ele começou com aquele choro miado que é o de fome... Passei uma maionese no pão, pus um suco num copo pequeno e engoli em menos de dois minutos contados em relógio. Minha mãe veio com ele no colo para me entregar e quando me viu comendo daquela forma, riu e disse: "É, minha filha, ser mãe é isso." Sentei correndo, pus o seio para fora e ele começou a mamar. Pronto! Minha fome passou.
É uma das melhores sensações do mundo ser a fonte de alimento de um filho, não dá para explicar! É uma heresia ler ou ouvir por aí que certa mulher não quis amamentar para que os seios não ficassem caídos. Eu tinha muito desse medo, não que eu achasse que não fosse amamentar, mas tinha o receio de quão flácidos ficariam. Eu estou com um maior do que o outro, pois meu bebê prefere um deles. Por mim, que fiquem murchos, que batam nos joelhos, que pareçam saquinhos de sacolé usados porque eu percebi que quando a causa é nobre, as cicatrizes são medalhas de honra ao mérito. E para quê são feitos os peitos senão para dar de mamá? A felicidade de se ter um filho deixa tudo o mais pequeno. Entre fraldas, seios, noites não dormidas e refeições não comidas, percebi que felicidade é bem mais do que propaganda de margarina onde tudo é em ordem e perfeito, pois com todos esses detalhes que seriam tenebrosos, nunca estive tão radiante.
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