sábado, 8 de outubro de 2011

Souvenires

Tantas coisas passam pelo dia. 
Tem dia que meu dia deveria ter mais de 24 horas. 
Tem vida em que minha vida quereria ser mais de uma. 
Tem eu em momentos que quereria ser duas ou mais.
Hoje eu sou mais que uma, mas depois vou voltar atrás.
Ontem reli e-mails passados, pois cartas de próprio punho já não se fazem mais.
Resta saber onde acabou porque ao passo que leio, passo para trás da pilha e num dado momento o primeiro é o último e já nem sei se estou relendo mais de uma vez no mesmo dia ou se me recordo de ter lido só quando recebi.
Sendo assim, leio e releio até os olhos se exaurirem e implorarem por descanso.
Já me disseram que ficar relembrando tudo isso propositalmente é uma espécie de masoquismo. Para mim não. Não me causa sofrimento. É um acalanto ao coração. 
Dia desses me peguei procurando um porquê de tê-lo vivido se passou, mas mais na frente eu entendi que é melhor eu ter tido essa experiência sublime do que passar em brancas nuvens.
Não tenho de lamentar por ter passado e sim agradecer por ter vivido, pois muita gente nem alcança as sensações por onde meu coração já passou.
Então, me desfaço dos queixumes e balbucio agradecimentos aos céus.
Quanto às cartas eletrônicas, são souvenires amados da viagem que fiz por sentimentos que me engrandeceram e eu aprendi que aquilo que é bom a gente não joga fora, guarda com carinho.

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