Hoje eu acordei e tinha um homem na minha janela. Fazendo o quê, não sei, não perguntei, não me interessa. Sei que ele roubou a última meia hora do meu sono.
Com o friozinho matinal, me recusei a levantar. Fiquei deitada na cama e, como sempre, me pus a pensar nas coisas todas. Naquele singelo espaço de tempo eu fiz um filminho passado, presente e futuro.
Analisei situações que se foram e tentei imaginar se elas fossem hoje, quais reações eu teria. Fitei coisas que ando fazendo, percebi algumas besteiras e resolvi mudar. Afinal, é segunda-feira, dia internacional das mudanças. Obviamente pensei no futuro e vi que, pelo andar de minha carruagem, mais mudanças têm de ser feitas para que a materialização das vontades se concretize.
Tive de levantar e, já me arrumando, quis ir lá fora perguntar ao moço da janela o porquê dele ter-me roubado algo tão valioso, os minutinhos do meu sono, mas repensei e vi que caso o fizesse, ele ficaria confuso e acharia que estou aluando. Mantive-me do lado de dentro com a caneca soltando vapor nas mãos e olhando o tal em seus detalhes. Comecei a rir dos meus desvarios.
Quando o homem notou minha presença, tomou um susto e gargalhou. Eu, nada disse, e continuei a sorrir. De um lado, um riso do susto, do outro, o de pensamentos insanos, mas como todos eram sorrisos, eles se entenderam e nada precisou ser dito.
A caneca esvaziou-se, pus na pia, escovei meu riso e saí.
Saí com um sorriso no rosto, um cheiro de chocolate quente no ar e um moço barulhento na minha janela.
É meu bem, depois da bronca escrevi no meu blog, passe lá depois.
ResponderExcluirBjs
Já passei! Adorei! Dou toda a força possível e imaginável! Beijos.
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